Agronomia do futuro

 Agronomia do futuro

Nizomar Falcão Bezerra (*)

A Engenharia Agronômica é uma das profissões mais importantes e promissoras das ciências agrárias, notadamente, com a revolução das tecnologias de informação e comunicação. Com o advento da tecnologia 5G, as instituições públicas e privadas, estão demandando profissionais com capacidade de análise crítica e conectados às demais áreas do conhecimento.

Os profissionais da engenharia agronômica estão cada vez mais inseridos em um universo globalizado, voltados para conservação dos recursos naturais e preocupados com as pessoas, em uma agricultura pujante e tecnológica. Continuamente, os profissionais serão demandados para orientar uma “agricultura de precisão”; todavia, sem a visão apenas de produção, mas acima de tudo, de progresso socioambiental. Isso implica, obrigatoriamente, em uma visão multidisciplinar, especialmente dos novos profissionais, que precisam estar conectados com outras áreas conexas, notadamente das demais engenharias.

Um dos principais impactos do 5G na agricultura está diretamente relacionado à expansão da conectividade nas áreas rurais. Os efeitos advindos do uso de novas tecnologias farão com que o agro seja cada vez mais produtivo e rentável, na medida em que, o uso de insumos nas lavouras será cada vez mais preciso e, quando necessário sua aplicação, restrito ao local do impacto econômico e sem os efeitos adversos do uso indiscriminado, o que é desejável ambientalmente.

Para dar conta de um agronegócio sustentável e das necessidades das populações por produtos saudáveis, a “Agronomia do Futuro” será mais produtiva e eficiente, na medida em que as tecnologias digitais forem se tornando acessíveis à maioria dos agricultores. Essas tecnologias inovadoras oportuniza aos produtores rurais, a possibilidade de conectar máquinas agrícolas, automatizar irrigação, instalar sensores para acompanhamento das curvas de umidade nos solos e, fazer monitoramento das pragas e doenças nas plantações, em tempo real, enquanto gerencia estes, de maneira eficiente, o uso de insumos fabricados com moléculas menos tóxicas ao homem e ao meio ambiente. Isso possibilitará tomadas de decisões precisas que implicam na redução de custos operacionais, por conta da segurança de dados e, especialmente, na eficiência em todo o processo produtivo. Esse conjunto de oportunidades será traduzido em qualidade de vida para o homem do campo.

Isso só será possível, porque a internet 5G será até 100 vezes mais rápida que a 4G ou, propriamente, mais rápida que o pensamento humano, permitindo que seja usado, agilmente e eficientemente; softwares de monitoramento e rastreamento, utilização de Big Data – destinado à análise de grande número de dados -, tecnologias de varredura de manchas de solo e até, dispositivos para o monitoramento individualizado de animais. Com essa robustez a aplicação desta tecnologia nos estabelecimentos agropecuários permite uma variada possibilidade de adoção às culturas e criações.

(*) Ph.D. Nizomar Falcão Bezerra – Eng. Agrº. – Ematerce.

Artigo inspirado em Palestra proferida pelo autor no XXXII Congresso Brasileiro de Agronomia, realizado em Florianópolis, no período de 19 a 22 de outubro de 2021.

ASAE

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