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ASAE ENTREVISTA: João Luiz Guadagnin

 ASAE ENTREVISTA: João Luiz Guadagnin

Na semana de aniversário dos 37 anos da Asae, entrevistamos ex-dirigentes da associação, pessoas que fizeram parte da construção dessa história de quase quatro décadas.

Na segunda entrevista, conversamos com João Luiz Guadagnin, primeiro secretário em 2 gestões do ex-presidente, Zacheu Gomes Canellas, de 1988 a 1992.

Veja as respostas abaixo:

Como você enxerga a criação da Asae?

R: A Associação dos Servidores e Servidoras da EMATER/RS-ASCAR foi um marco para a extensão rural do Rio Grande do Sul. Além de divulgarmos e apoiarmos o associativismo (a importância das decisões coletivas e das ações de entreajuda) os extensionistas deram um passo importante no sentido de demostrar na pratica o compromisso com os espaços de decisão coletiva. Passamos a atuar na defesa da organização EMATER/RS-ASCAR e dos seus trabalhadores. Em muitos momentos a ASAE foi atuante e superou outras organizações que pelejam pelos direitos dos trabalhadores e pela união da categoria.

Em relação à extensão rural, como avalia o atual momento da Emater/RS-Ascar?

R: Os serviços públicos do Brasil voltados aos agricultores familiares e aos que têm baixa renda, do campo e da cidade, estão em fase de desmonte. A teoria política vigente entre os governantes de plantão não tem como prioridade o apoio ao desenvolvimento com inclusão, com a oferta de alimentos saudáveis e de consumo interno. É uma política caolha, torta, que prejudica a maioria dos brasileiros, especialmente dos pobres do campo e da cidade. Neste ambiente é cada vez menor o apoio aos serviços de assistência técnica e extensão rural. A Emater sofre com estas ações planejadas perante o seu desmonte. Há a necessidade de buscar a união e lutarmos em conjunto, para defendermos os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da EMATER/RS ASCAR e a própria instituição.

Como está vendo a relação dos governos Federal e Estadual com a Emater/RS-Ascar?

R: Em grande parte, respondi na pergunta acima: há um plano de desmente dos serviços públicos, em especial os de extensão rural no Brasil. Basta ver o orçamento deste ano do Governo Federal para as ações de ATER: miseráveis R$88 milhões. O momento que exige muita união e luta. Eles não irão nos desmontar! Já vivemos e superamos outros momentos difíceis, embora este seja o pior de todos. Há que pelejar!