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Situação dramática dos recursos humanos da EMATER/RS ASCAR é tema de reunião do Fórum das Entidades

 Situação dramática dos recursos humanos da EMATER/RS ASCAR é tema de reunião do Fórum das Entidades

A manhã de quarta (13) foi marcada por encontro de integrantes do Fórum das Entidades representativas de trabalhadores e trabalhadoras da EMATER/RS ASCAR. Na pauta da reunião, ações para tentar mitigar a situação dramática de falta de recursos humanos na instituição.
Além de traçar uma estratégia de ação para pressionar pela recomposição do quadro funcional da entidade, os presentes deliberaram pelo lançamento de um manifesto pela imediata chamada de aprovados e aprovadas em concurso público já realizado e em vias de expirar.

Entenda
Recentemente, foi anunciada pelo governo do Estado uma série de medidas que compõem programas de reconstrução do Estado, como o Programa Terra Forte. Na contramão, a EMATER/RS ASCAR vem perdendo trabalhadores e trabalhadoras, inclusive por meio de um Programa de Demissão Incentivada (PDI), sem que haja reposição de quadro. Há um concurso público para o quadro que VENCE EM NOVEMBRO, sem que SEQUER tenha sido AUTORIZADO seu chamamento. Frente a isto, o Fórum elaborou uma carta aberta ao governador Eduardo Leite. Confira a íntegra do texto:

Carta Aberta ao governador

RECONSTRUÇÃO SE FAZ COM PESSOAS!

PELA IMEDIATA Chamada concurso para EMATER/RS ASCAR

É indiscutível a importância do trabalho da EMATER/RS ASCAR para a agricultura familiar no Rio Grande do Sul. Tampouco se coloca em xeque o papel fundamental desempenhado por extensionistas durante e após os eventos climáticos extremos vivenciados no Estado entre 2023 e 2024. Porém, apesar de tantas provas cabais da necessidade de valorização de colegas e da Instituição, chama a atenção do Fórum das Entidades representativas de trabalhadores e trabalhadoras da EMATER/RS ASCAR o verdadeiro descaso do governo do Estado com o fortalecimento da entidade.

Recentemente, foi anunciada uma série de medidas que compõem programas de reconstrução do Estado. São ações importantes, mas que exigem um reforço de recursos para que ganhem tração – em especial, de recursos humanos. E é neste ponto que está o paradoxo: há um concurso público para o quadro da EMATER/RS ASCAR que VENCE EM NOVEMBRO, sem que SEQUER tenha sido AUTORIZADO seu chamamento.

Um exemplo emblemático é o Programa Terra Forte, voltado à recuperação de solos e que oferece, além de transferência direta de recursos, assistência técnica e patrulhas mecanizadas para apoiar os agricultores familiares na recuperação de suas propriedades. Porém, para que seja efetivado, demandará horas técnicas que a Instituição não tem hoje disponível, haja vista as metas já pactuadas para 2025 com as Secretarias Contratantes.

A realidade da EMATER/RS ASCAR, em termos de quadro, é grave: muitos municípios estão sem equipes, o que prejudica o andamento dos trabalhos de projetos em execução do próprio governo do Estado e das prefeituras. Ao mesmo tempo, o executivo realiza planos de desligamento sem a devida reposição de pessoal, enquanto anuncia mais um projeto sem a garantia de pessoas para ampliarmos a carga de trabalho. É, no mínimo, ilusório pensar que há possibilidade de sucesso sem investimentos em pessoas.

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, por meio da Subcomissão em Defesa da Emater, aprovou recentemente – e por unanimidade – um relatório recomendando a imediata contratação de pessoas, sugerindo a utilização de recursos do FUNRIGS. Todavia, de nada adianta termos recursos quando não parece haver vontade política para adequar o quadro funcional às demandas da instituição. Realizar o chamamento de aprovados e aprovadas no concurso é demonstrar comprometimento com políticas públicas permanentes para o público assistido pela EMATER/RS ASCAR, integrando culturas e ultrapassando a reconstrução para se chegar em um momento de prevenção.

Por tudo isso, o Fórum faz este apelo ao governador Eduardo Leite, e conclama entidades parceiras e autoridades a pressionar o governo para que emposse novos colegas. A situação é dramática: é preciso ao menos 300 pessoas a mais para executar os projetos já em andamento. A agricultura familiar precisa desta atenção para termos êxito na reconstrução do Estado.

Reconstrução se faz COM PESSOAS. Não permita que o concurso vença, governador! Chamada dos aprovados já!